quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Primeiro dia de aula: a dor da separação para pais e crianças

"Os pais devem reduzir as próprias ansiedades. Pelo fato de a escola ser um espaço cheio de atrações lúdicas, as crianças 'sofrerão' muito menos do que alguns pensam”, explica o psicólogo

Quem não se lembra do primeiro dia de aula? Ambiente novo, pessoas desconhecidas, regras diferentes das de casa e, muitas vezes, sensação de depender, pela primeira vez, apenas de si mesmo. O ingresso na escola é um evento muito importante na vida de uma criança, representando o primeiro passo rumo à independência em relação aos pais.
Para os pais, esse também é um evento decisivo, principalmente quando se trata do primeiro filho. É um momento não só de separação, mas de constatação de que o “bebê” está crescendo e se tornando menos dependente. Algumas atitudes simples podem tornar esse momento menos difícil para ambas as partes.

Ansiedade dos pais
De acordo com o psicólogo e mestre em educação, Marco Aurélio de Patrício Ribeiro, a missão de deixar os filhos na escola é difícil, mas o “problema” pode ser minimizado. Segundo ele, é fundamental que os pais confiem na capacidade de adaptação das crianças e no profissionalismo dos educadores. “A primeiro dica é que os pais reduzam as próprias ansiedades. Pelo fato de a escola ser um espaço cheio de atrações lúdicas, as crianças ‘sofrerão’ muito menos do que alguns pensam”.
Outra dica é criar uma ansiedade positiva na criança, falar bem da escola, dos professores. Se possível, é interessante levá-la para conhecer a escola antes do primeiro dia de aula, mostrando os brinquedos, a lanchonete, a biblioteca, dentre outros espaços.

Ficar com a criança no primeiro dia de aula
No primeiro dia de aula é normal a criança estranhar o espaço, o grande número de pessoas e, principalmente, temer ficar sem os pais. “Se uma pessoa da família puder ficar com a criança na escola neste primeiro dia é ideal. Nos dias seguintes, a família deve trabalhar a permanência do pequeno sem a presença dos pais ou da babá, mas esse processo deve respeitar o ritmo de cada criança”.
O psicólogo ainda indica que o familiar posicione-se, mais distante da sala de aula a cada dia, para que a criança vá se libertando da dependência gradativamente. A professora e a família juntas devem ver o melhor processo para o pequeno.

Professora: uma segunda mãe
De acordo com Marco Aurélio, a grande superação deste temor se dará quando a criança criar vínculos com a professora e com os colegas da escola. “A criança transfere para a professora um pouco do amor e da confiança que deposita na mãe. Ou seja, a professora passa a ser uma continuidade da mãe. Nesse momento, a criança ficará na escola, sem problemas”.
Em seguida, converse com o filho e pergunte a ele como foram os primeiros dias de escola, as amizades que conquistou e o que aprendeu. Afinal, os pequenos precisam entender desde cedo que ir à escola é fundamental.

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